ATA DA CENTÉSIMA QUARTA SESSÃO
ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
12-11-2009.
Aos doze dias do mês de novembro do
ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini,
Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Toni Proença e Valter Nagelstein. Constatada a
existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante
a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá,
Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Pancinha, Juliana Brizola, Marcello Chiodo, Mauro Pinheiro, Paulinho Ruben Berta, Pedro
Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador
Paulinho Ruben Berta, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/09 (Processo
nº 4414/09). Também, foi apregoado o Ofício nº 875/09, do senhor Prefeito Municipal de
Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09 (Processo
nº 5425/09). Na ocasião, foram apregoados os
seguintes documentos, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo: Memorando nº 115/09 (Processo nº 5189/09), de
autoria do vereador Beto Moesch, nos dias cinco e seis de novembro do corrente, no
Encontro da Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente ANAMMA
SUL , no Município de São Bento do Sul SC ; Ofício nº 027/09
(Processo nº 5262/09), de autoria do vereador Ervino Besson, no dia dezesseis de novembro
do corrente, no XIV Seminário Gaúcho de Cooperativismo, no Município de Gramado
RS ; Memorandos nos 072/09 e 073/09 (Processos nos 5258/09 e
5260/09), de autoria da vereadora Maria Celeste, respectivamente do dia seis ao dia oito
de novembro do corrente, no Seminário Nacional A Mulher e a Mídia 6, no Município do
Rio de Janeiro RJ , e do dia dez ao dia treze de novembro do corrente, no XV
Encontro Estadual dos Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul, no
Município de Gramado RS; Requerimento s/nº (Processo nº 5372/09), de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, do dia quatorze ao dia dezesseis de novembro do corrente, na
Feira Internacional de Turismo, em Buenos Aires, Argentina. Do EXPEDIENTE,
constaram: Ofícios nos 011/09, do Fundo Nacional de Assistência Social do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 281/09, do senhor Valdemir Colla,
Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal CEF ; Ofício s/nº, da
Câmara dos Deputados. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR,
ao senhor Sérgio Bueno do Amaral, Coordenador-Geral da ONG Solidariedade, que discorreu
sobre o trabalho desenvolvido por essa instituição, manifestando apoio ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 043/09, que cria o Plano Integrado de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil no Município de Porto Alegre. Durante o pronunciamento do
senhor Sérgio Bueno do Amaral, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao
tema abordado por Sua Senhoria. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra ao
vereador Toni Proença, que, em nome da Casa, manifestou-se acerca do assunto tratado
durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e vinte e nove minutos, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão
Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores
Sebastião Melo e Adeli Sell e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu,
Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, eu gostaria da atenção dos
senhores. Acertamos ontem, na reunião da Mesa, uma lógica para esta Sessão de hoje e
vamos cumpri-la rigorosamente.
Há uma Tribuna Popular, e nos honra a
presença a ONG Solidariedade, com esta figura magnífica que trabalha pela nossa Cidade,
que é o Sérgio do Amaral, e, logo em seguida, vou convidá-lo para ocupar a tribuna.
Fruto de um acordo, o Ver. Toni Proença
vai falar em nome da Casa fazendo a saudação, e, se as Bancadas entenderem, usam apartes
- se sentirem que estão contempladas, não será necessário. Em seguida, nós vamos
encerrar esta Reunião, imediatamente, e vamos convocar uma Reunião Extraordinária na
qual votaremos, primeiro, dois requerimentos, o Requerimento nº 127/09, do Ver. João
Pancinha, e o Requerimento nº 142/09, da Mesa Diretora; depois votaremos o PLL nº
177/09, que concede o Título de Cidadão de Porto Alegre, de autoria do Ver. João
Antonio Dib; depois adentraremos o Plano Diretor e não encerraremos a discussão,
conforme combinamos, para poder proteger possíveis Emendas. Depois teremos comissões
conjuntas para tratar do PLCE nº 006/09, que diz respeito ao Programa Minha Casa, Minha
Vida; ao PLL nº 218/09 e ao PLL nº 219/09, que são atinentes ao Sistema de Cargos e
Classificação; e depois também teremos Pauta Especial para correr, tudo isso fruto de
um acordo feito, ontem, com todas as Lideranças.
Passamos à
TRIBUNA POPULAR
O Sr. Sérgio Bueno do Amaral,
representando a ONG Solidariedade, está com a palavra pelo tempo regimental de 10
minutos, para tratar de assunto relativo ao Projeto de Transformação de Resíduos da
Construção Civil.
O SR. SÉRGIO BUENO DO AMARAL: Boa-tarde
a todos; boa-tarde aos Exmos Vereadores e ao Presidente, Ver.
Sebastião Melo, e em especial às pessoas que vieram aqui hoje prestigiar esta Sessão.
Vou pedir licença para ler o ofício que
encaminhamos aos Vereadores nesta semana, justificando a nossa apresentação, a nossa
presença aqui, e depois vamos passar para a apresentação do projeto propriamente dito.
(Lê.): Aos Exmos Srs. Vereadores da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Por ocasião da entrada na Ordem do Dia da Câmara do Processo nº 5503/08,
que institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do
nosso Município, vimos respeitosamente, através desta, manifestar nossa posição de
apoio à aprovação deste Projeto e de suas Emendas, com a ressalva de que seja dada
prioridade e incentivo para a atividade de reciclagem que agregue valor aos resíduos e
gere trabalho e renda às populações em vulnerabilidade social, ficando o excedente
desta atividade para as demais formas de destinação e uso desses resíduos.
Por outro lado, mais do que ter um plano,
a Cidade precisa de ações concretas e urgentes no sentido de solucionar este grave
problema que, além das consequências negativas ao meio ambiente, também gera gastos do
dinheiro público na manutenção dos aterros, no transporte dos resíduos, na
fiscalização, etc.
Neste sentido, a ONG Solidariedade,
juntamente com as comunidades organizadas do Cristal, através da Comissão de
Desenvolvimento Econômico Regional, vem construindo alternativas de geração de trabalho
e renda, com respeito ao meio ambiente, sendo o Projeto Centro de Transformação
Socioambiental a principal iniciativa dessa construção.
Nosso projeto, além de visar à
reinserção socioeconômica dos recicladores, pretende, através da articulação com os
serviços ambientais do Município, colaborar para consecução dos objetivos previstos no
Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, bem como ir ao
encontro da Lei das Carroças, aprovada em 2008, nesta Câmara, gerando novas alternativas
de trabalho e renda a esses trabalhadores.
Por tudo isso, entendemos ser oportuna uma
apresentação deste Projeto nesta Casa, onde pretendemos detalhar nossa iniciativa e
subsidiar os Vereadores com informações que possam inspirar outras ações do tipo na
Cidade.
Agora, vamos fazer uma apresentação no
tempo que resta; talvez não possa ser muito detalhada, mas ficamos à disposição dos
Vereadores para questionamentos e oportunas visitas para esclarecer.
(Apresentação de datashow.)
O SR. SÉRGIO BUENO DO AMARAL: O
nosso CTSA - Centro de Transformação Socioambiental - tem por objetivos a geração de
trabalho e renda, através da reciclagem; a promoção e a proteção da educação
ambiental; a destinação socioambiental dos resíduos da construção civil; a
qualificação de mão de obra para o trabalho e promoção do desenvolvimento local
sustentável.
Um dos princípios do nosso projeto é que
não é possível melhorar o ambiental sem melhorar a questão da consciência ambiental.
Para um desenvolvimento sustentável, mais do que obras, é necessário mudar a relação
das pessoas com o meio ambiente. E esse é o norte que nós estamos seguindo há bastante
tempo.
Farei um rápido situacional da região,
para justificar a inspiração, a ideia deste projeto. No Orçamento Participativo, muitas
obras foram conquistadas no bairro Cristal, mas ainda existem hoje cerca de 40% dos 30.330
habitantes que moram no bairro Cristal, que são moradores de vilas irregulares. É um
número muito expressivo, considerando que aquela é uma região bem estruturada, com
serviços públicos bem estabelecidos na cidade formal. Um terço desses 30 mil tem renda
inferior a três salários mínimos. Esses são dados do DEMHAB, numa publicação feita
já há algum tempo, e do Observatório Social.
Nós, quando da decisão da implantação
do BarraShoppingSul e também da decisão da implantação do Programa Integrado
Socioambiental, pensamos que deveríamos organizar a região. E as comunidades organizadas
acabaram se articulando, através da Comissão Regional de Desenvolvimento Econômico,
para pensar a região nesse novo contexto de desenvolvimento, para que esse
desenvolvimento atingisse todos os segmentos sociais, e não apenas uma parcela dessa
sociedade.
Foi essa a inspiração inicial do projeto
e os desafios que surgiram no nosso caminho, entre eles este que é o público-alvo do
nosso projeto, que é a ideia de inserir catadores-recicladores, em geral, num projeto
coletivo, porque esse pessoal tem a característica do trabalho individual, e, mais do que
inserir num trabalho coletivo, melhorar a sua condição econômica. Nós não podemos
imaginar uma região que seja desenvolvida, que tenha um programa integrado, que tenha
casas novas, com pessoas puxando carrinho de mais de 400kg para sobreviver.
Um outro desafio que, para nós, é
importante é uma decisão desta Casa, uma iniciativa do Vereador que hoje preside a
Câmara e que, na época, já era o Presidente, Ver. Sebastião Melo, é a lei aprovada
aqui, das carroças, a respeito da nova situação de, dentro de pouco tempo, não
podermos ter mais carroças, papeleiros e catadores com carrinhos na rua. Então o nosso
projeto pensa ser uma alternativa para esse público trabalhador dentro desse novo
contexto da lei.
Por outro lado, pessoas que não trabalham
com reciclagem também são a nossa preocupação para que possam estar preparadas para o
desenvolvimento econômico que a região terá.
Por fim, o problema que nos traz até
aqui, o principal deles, é em relação ao Projeto que está na Ordem do Dia da Câmara
de Vereadores, que é o Projeto Plano de Gestão de Resíduos. Como agregar valor aos
resíduos e dar um melhor destino a eles, considerando que as grandes cidades têm esse
como um dos maiores problemas na questão do lixo? O nosso projeto pretende ser uma
resposta a esses desafios.
E esta é a imagem da nossa sede lá no
bairro Cristal, na Rua Chico Pedro, nº 500, a qual os senhores estão convidados a
conhecer e a visitar. Este prédio foi adquirido numa parceria com a Multiplan e com a
Prefeitura Municipal. A Multiplan doou o prédio, condicionando o seu uso exclusivamente
para essa finalidade, ou seja, o projeto de geração de trabalho e renda. E a Prefeitura
se comprometeu, através de um convênio feito conosco, a liberar as verbas que já haviam
sido aprovadas no Orçamento Participativo e também concretizar um convênio que foi
firmado para destinar os produtos que serão produzidos nesse local, a partir do entulho,
a partir dos resíduos à pavimentação, e uma cota, pelo menos, para a construção de
unidades habitacionais populares.
Neste local, nós temos uma cooperativa de
produção que recicla os resíduos da construção civil; nós temos uma cooperativa de
serviços que está começando a oferecer a mão de obra daquelas pessoas que não querem
trabalhar com reciclagem e não têm conseguido vagas no mercado de trabalho.
Por fim o projeto prevê, numa segunda
fase, uma creche, uma sala de informática, um centro cultural e um centro social, para o
acompanhamento das famílias dos trabalhadores. É evidente que tudo isso precisa ser
acompanhado da liberação dos recursos que já foram gravados no Orçamento do
Município.
A Cooperativa de Produção já está em
funcionamento, de forma experimental, com o apoio da Universidade Federal, e está
produzindo, numa etapa de certificação desse material, blocos para pavimentação de
ruas e blocos para construção de casas.
Nós estamos em fase final da
certificação desses produtos. E o nosso compromisso não é apenas transformar
matéria-prima de qualidade em produto, mas também um compromisso com o meio ambiente, em
que mais produção gera mais renda. Isso significa menos resíduos nas ruas e nas
calçadas; mais pavimentação produzida significa mais renda para os recicladores e menos
alagamentos na Cidade, uma vez que esse tipo de pavimento não impermeabiliza o solo, não
impermeabiliza as ruas, a exemplo do que faz hoje o asfalto, e também porque, produzido
com esse material, esse produto fica num valor competitivo e comparável ao asfalto.
E, por fim, a questão da educação
ambiental. Se nós não tivermos a educação... Mais educação ambiental, menos
poluição e mais qualidade de vida. Portanto, são esses os eixos, e nós estamos
comprometidos com a questão ambiental.
Por fim, o último eixo do nosso projeto,
que é a capacitação. Nada é possível fazer em relação ao processo produtivo
demonstrado, se nós não qualificarmos as pessoas. Hoje nós temos 630 cadastrados,
pessoas da comunidade e do entorno que já estão sendo preparados, particularmente os
recicladores, para uma nova profissão. A Cooperativa de Trabalho está qualificando mão
de obra para oferecer os serviços dessas pessoas e também profissionalização para
mercado de trabalho, e, nesse particular, um terço desses 630 cadastrados, Ver. Melo,
nós já conseguimos colocar no mercado de trabalho, seja na mão de obra temporária,
seja na mão de obra com carteira assinada.
E a última contribuição que queremos
deixar nesta nossa apresentação é a nossa contribuição para a Cidade, ou seja, a
nossa metodologia que está sendo desenvolvida no CTSA, de maneira voluntária, e de
maneira voluntária também pela Universidade; que isso possa ser disponibilizado aos
demais centros de triagem que Porto Alegre possui, pois todos nós sabemos das
dificuldades por que passam esses centros, na medida em que a matéria prima, hoje, está
cada vez mais escassa, e nós temos outros setores que estão atravessando a atividade dos
trabalhadores em reciclagem. Por fim, agradecemos, convidamos os senhores a estarem
presentes lá para conhecer o nosso projeto, e principalmente levem em conta essa
experiência quando da votação do Projeto que institui o Plano de Resíduos. Nós
entendemos que, mais do que aterro, mais do que elevação de cotas de terreno, o resíduo
da construção civil tem de servir para uma finalidade social, pode servir, gerar renda,
gerar inclusão, e é um produto que está sendo jogado na rua.
Neste Projeto, nós percebemos que há uma
boa preocupação com a questão da equalização de cotas de terrenos. Mas nós queremos
agregar a questão social e entendemos que nós podemos inspirar até outras experiências
e estamos à disposição para ajudá-los. Muito obrigado pelo espaço, uma boa-tarde, e
estamos à disposição para esclarecimentos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Muito
obrigado, Sérgio, pelas contribuições que traz à Casa. Convido V. Sª para compor a
Mesa conosco.
O Ver. Toni Proença está com a palavra e
falará em nome de todas as Bancadas, por decisão da Mesa Diretora, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O Ver. Adeli Sell assumirá a presidência
dos trabalhos, uma vez que este Vereador vai conceder uma rápida entrevista a uma rádio.
(O Ver. Adeli Sell assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR. TONI PROENÇA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Ver. Adeli Sell, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhores que
nos assistem, principalmente os membros da ONG Solidariedade, em nome do Sérgio, quero
cumprimentar todos os senhores.
Por um acordo entre todos os Vereadores,
coube a mim, com muito orgulho, ocupar a tribuna para falar um pouco do Centro de
Transformação Socioambiental CTSA, que é desenvolvido pela ONG Solidariedade.
Este Projeto é um exemplo de governança e harmonização entre o Poder Público
Municipal, a comunidade, o terceiro setor, através da ONG Solidariedade, a iniciativa
privada, através da Multiplan, e a academia, através da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. É um exemplo que está marcando o desenvolvimento social da Cidade, a
geração de trabalho e renda e, principalmente, o seu foco no meio ambiente. E esse
exemplo, se replicado na Cidade, nos dará condições de resgatar muitas demandas do
Orçamento Participativo, que são de pavimentação, sem o asfalto, através do
calçamento com bloquete, porque o CTSA, além de produzir o bloquete a partir de
resíduos sólidos da construção civil, também pode capacitar as pessoas da comunidade
que demandaram a pavimentação a fazer e realizar a pavimentação com os bloquetes que
eles mesmos produzirão no CTSA. Então, vejam que nós estamos gerando cuidados com o
meio ambiente - porque a pavimentação através dos bloquetes tem a permeabilidade do
solo que é indicada para o meio ambiente, principalmente na periferia, já que estamos
próximos dos morros, e é necessário que haja permeabilidade do solo -, também gerando
trabalho e renda para as próprias comunidades que estão calçando e conquistando as
melhorias da sua vila, do seu bairro, mais do que isso, ela leva a ter uma educação
ambiental e é um exemplo para toda a Cidade.
E o que vem pedir a ONG Solidariedade aos
Vereadores desta Casa? Que, ao apreciarmos o Projeto de Lei do Executivo que trata da
gestão e do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da construção civil,
seja dada prioridade para que esses resíduos sólidos sejam encaminhados ao CTSA - Centro de Transformação Socioambiental -, esse que hoje a ONG
Solidariedade já executa e a outros que, se esta Cidade tiver juízo, nós executaremos
em outras regiões a partir da expertise criada pela ONG Solidariedade. Portanto,
esse é um exemplo a ser seguido, e o que pede a ONG Solidariedade - tenho certeza de que
encontrará entre todos nós boa vontade e disposição de contribuir - é que, ao
analisarmos a lei proposta pelo Executivo, possa se dar prioridade na destinação desses
resíduos para o Centro de Transformação Socioambiental.
O Sr. Pedro Ruas: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, agradeço a
gentileza do aparte, falo em meu nome e da Verª Fernanda Melchionna, em nome do PSOL,
para cumprimentar o Sr. Sérgio do Amaral e dizer que, para esse desafio de agregar valor
ao resíduo da construção civil, uma vez que esse resíduo é matéria prima para
geração de renda, na verdade, tem que se mobilizar, Ver. Proença, toda a sociedade.
Então, a posição do PSOL nesse sentido é de incentivar esse trabalho, e nos colocarmos
à disposição para qualquer debate que, porventura, seja necessário, e queremos, acima
de tudo, elogiar o trabalho que até agora vem sendo feito pelo senhor e seus pares.
Obrigado.
O Sr. Engenheiro
Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença,
em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, queremos cumprimentá-lo pela
manifestação, queremos também cumprimentar a ONG Solidariedade, o Sérgio e o Eduino, e
dizer que essa ONG vem ajudando a construir a democracia participativa na Cidade, no
conceito e em ações práticas. E nós estamos com o Projeto Minha Casa, Minha Vida, que
precisa inovação tecnológica. Meus parabéns.
O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, V. Exª sabe que eu não
gosto de ser o primeiro, mas não me furto de ser o segundo ou o terceiro. Venho à
tribuna não só em nome do Democratas, mas também em nome do Partido Socialista
Brasileiro, cujo Líder, Airto Ferronato, pede que eu fale também em seu nome, e agora,
inclusive, fortalecido pelo mote que me vem no sentido de que a ação da reciclagem
desenvolvida pela Solidariedade é uma forma de democracia participativa, que, no
conceito, é o que mais se ajusta. Provavelmente, o senhor está abrindo um campo novo,
porque nós temos que sair do discurso da reivindicação, da postulação e partir para a
ação. E os senhores estão trilhando os caminhos da ação. Eu posso até dizer que algo
semelhante foi tentado passar e não deu certo, porque faltou participação comunitária,
ou seja, o processo nascer de baixo para cima, e eu acho que agora isso está nascendo de
baixo para cima. Eu faço votos de que dê certo, e, mais do que fazer votos, eu quero
contribuir, na medida da minha possibilidade, para que isso possa ocorrer efetivamente.
Meus cumprimentos.
O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Não quero me estender, apenas gostaria de dizer que
vocês têm o total apoio da Bancada do PTB - Ver. Nilo Santos, Ver. Nelcir Tessaro, Ver.
DJ Cassiá, Ver. Marcello Chiodo e Ver. Alceu Brasinha. Damos total apoio, porque isso,
com certeza, está contribuindo para a melhoria do meio ambiente. Parabéns.
O Sr. Paulinho Ruben Berta: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria, em nome da Bancada do PPS, do
Ver. Toni Proença e do Ver. Elias Vidal, dizer que o mundo comunitário, hoje, agradece
por esse projeto e essa oportunidade de nós contribuirmos, principalmente na periferia de
Porto Alegre. Contem conosco, essa luta também é nossa.
O SR. TONI PROENÇA: Obrigado, Ver.
Paulinho.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Sérgio Bueno, em nome da minha
Bancada do PDT, queremos lhe dar um abraço do tamanho do Rio Grande pelo seu trabalho. É
isso que nós queremos, é isso que a comunidade quer, e que bom que Porto Alegre tem
pessoas que pensam assim e agem assim como Vossa Excelência. Parabéns, conte com o nosso
apoio.
O SR. TONI PROENÇA: Obrigado, Ver.
Ervino. Quero agradecer muito os apartes de todas as Bancadas, de todos os Vereadores, e
gostaria de dizer que estou muito satisfeito, hoje, de ser fotografado pelo Eduino, porque
hoje, pela primeira vez, registramos aqui um grande avanço social, no qual ele está
envolvido - ele, que fotografa todo movimento comunitário, os movimentos sociais há
muito tempo. E quero dizer a vocês que faltou um personagem nesta data de hoje, que é o
Prefeito Fogaça, o maior entusiasta da Governança Solidária Local, e esse é, talvez, o
melhor exemplo de Porto Alegre no desenvolvimento desse programa. Parabéns ao Sérgio e a
todos os membros da ONG Solidariedade, continuem assim, e que bom se Porto Alegre replicar
essa experiência. Muito obrigado a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Este
foi o pronunciamento, em nome de todos os Vereadores desta Casa, por decisão da Mesa
Diretora dos trabalhos. Agradeço a presença do Sérgio do Amaral, de todos os
componentes e aderentes da ONG Solidariedade. Tenha a certeza, Sérgio do Amaral, que esta
Casa, depois desses pronunciamentos, fará com que esse Projeto avance e que o destino dos
resíduos sólidos sejam efetivamente reutilizados para a grandeza e benefício de toda a
população. Muito obrigado.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 14h29min.)
* * * * *